sábado, 23 de julho de 2011

O peru desconfiado

Era uma vez uma chácara no interior de Minas Gerais onde moravam um gordo peru e um belo galo. Os dois companheiros  viviam na calma, na vida mansa daquela pequena propriedade onde a rotina era semelhante à vida no mar.O lugar era mesmo maravilhoso.Eles gostavam de todas as tardes subir na jaqueira e ficar empoleirados no galho.Dali dava pra visitar os campos plantados, os caminhos, os animais no pasto, a estrada que sumia no horizonte e onde, vez por outra, o ronco do motor de um caminhão cortava o silêncio.Eita vida boa do galo e do peru!
Só que tinha um problema, o peru era desconfiado demais e não aproveitava as coisas como deveria.Um dia, uma raposa viajante, dessas que invadem o galinheiro das fazendas, avistou as aves no puleiro.Ela se aproximou sorrateiramente e começou a lember os beiços de satisfação. Seus olhos brilhavam, enquanto ela arreganhava a boca mostrando os dente afiados. A sua cara ficou assustadora.
O galo nem deu bola.Sabia que a  raposa não podia subir na árvore e logo logo o dono da fazenda ia passar por ali, como fazia, e  iria colocar a raposa ladra pra correr. Firmou-se bem, como era seu costume e aproveitou para tiara uma soneca.
Mas o peru, muito desconfiado, ficou vigiando, não tirava os olhos da raposa, seguindo seu movimento o tempo todo. A raposa ficou circulando ao redor da árvore tentando encontrar  uma maneira de pegá-lo, com isso, sem perceber, o peru de olhos arregalados deu tantas voltas em torno de si mesmo que ficou tonto e caiu do galho. A rapose que não passava de um filhote, teve o banquete que não merecia.
Quando o galo acordou com o barulho da tragédia pensou:"Pobre do meu amigo peru, de tão desconfiado que era, acabou cavando a própria sepultura."


Há uma lição nesta fábula.Te,m gente que desconfia de tudo e todos, vive com medo e acaba causando a própria desgraça.

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